"Jura... Na nossa família todas as esposas são fiéis... A fidelidade deixou de ser um dever- é um hábito. Te será fácil cumprir um hábito de trezentos anos..."
(pag.26)
"Choram sim! Essa que eu matei- a mãe de teu noivo- ainda hoje há quem a chore e peça por ela... Quem reze em sua intenção... Quem acenda círios... E há quem queira vingar o seu sangue! Eu sou o único, Moema,o único assassino do mundo! Se ao menos eu conhecesse outro... Se achasse alguém que tivesse matado! Então seríamos dois... Eu teria um companheiro para o medo e para a insônia! Conheces outro assassino, além de mim? Alguém que tenha tirado a vida de alguém? Conheces?"(pag.63)
"Tenho! Tenho medo! Sei que nunca mais dormirei... Sei que vou passar todas as noites em claro; e vou queimar meus olhos em febre... Sei que hei de morrer em claro;mesmo depois da morte terei insônia... Rezo, para que Clarinha não venha, para que não volte (...)
-Que importa a minha insônia?Consegui o que queria, o meu sonho! Sou agora a filha única... Olha em torno..." (pag.65)
"E por que não castigas nas mãos? AS mãos são mais culpadas no amor... Pecam mais...Acariciam... O seio é passivo; a boca apenas se deixa beijar... O ventre apenas se abandona... Mas as mãos, não... São quentes e macias... É rápida... E sensíveis... Correm no corpo..."
(pag.69)
PAULO: -"Ela morreu, mas eu sinto no ar o seu ódio... Perdi o amor de minha mãe, e para sempre!"
MOEMA: -"As mortas esquecem..."
(pag.87)
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